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terça-feira, 14 de outubro de 2014

PVC




Fonte da imagem: http://grandesambientes.blogspot.com.br/2013/01/reaproveitando-materiais-e-recriando.html


O Cloreto de Polivinila ou Policloreto de Vinila ou, como é conhecido popularmente, PVC é o único material plástico não 100% originário do petróleo. Ele contém 57% de cloro, derivado do cloreto de sódio, o famoso sal de cozinha, e 43% de eteno, derivado do petróleo ou do gás natural, em peso. Por meio de uma reação química entre o cloro e o eteno obtém-se o MVC (monômero de cloreto de vinila). O MVC é submetido à outra reação química chamada de polimerização e produz uma molécula gigante – polímero – denominada PVC. Após isso, a resina de PVC (que é inodora e tem um aspecto físico de pó branco), necessita ser misturada a aditivos, como estabilizadores térmicos, modificadores de impacto, cargas, lubrificantes, entre outros, para assim compor o que é chamado de compostos de PVC. Devido à polaridade de sua molécula (por ser composto tanto de cloreto de sódio quanto de petróleo) ele é extremamente versátil, por isso resulta na sua boa compatibilidade com uma série de aditivos. Vale ressaltar que, as misturas são feitas na quantidade e no tipo correto de aditivos para que o composto de PVC atenda a determinados requisitos de desempenho que o fabricante queira e que elas (as misturas) conferem características específicas tais como rigidez ou flexibilidade, transparência ou opacidade, superfície brilhante ou fosca, resistência à luz e às intempéries, cor, propriedades elétricas e etc.





Fonte da imagem: http://airopvc.com.br/o-que-e-pvc.html



Moldados por variados processos de transformação, os compostos de PVC dão origem aos componentes de PVC utilizados na construção civil como tubos, conexões, portas, janelas, forros, entre outros, e, uma vez que a resina PVC é totalmente atóxica (não é tóxica) e inerte, a escolha de aditivos permite a fabricação de filmes, lacres e laminados para embalagens, brinquedos e acessórios médico-hospitalares, tais como mangueiras para sorologia e catéteres.
Davidson e Witenhafer (1980), Portingell (1982), Titow (1984), Witenhafer (1986) e Summers (1997) são unânimes quando referem que a versatilidade do PVC reside em dois pontos principais:
  1. A morfologia das partículas das resinas de PVC, responsável pela estrutura de sub-partículas entremeadas por poros, os quais são receptivos aos aditivos incorporados durante o processamento, permitindo a perfeita interação entre estes e o polímero;
  2. A necessidade de incorporação de aditivos para o adequado processamento do PVC implica o desenvolvimento de uma nova formulação de composto para cada produto a ser moldado, com características específicas de desempenho, propriedades e processabilidade.

Fabricação dos tubos de PVC


Preparo e armazenagem:

A resina de PVC, assim como os componentes como estabilizante, carbonato de cálcio e pigmentos são misturados no silo a 120°C. Depois, o composto é resfriado em temperatura de 60°.


Extrusão:

O composto entra em um cilindro com uma rosca interna, que faz seu transporte até a saída pela matriz da extrusora, com o diâmetro determinado. A temperatura pode chegar a 200°C.


Calibração e refrigeração:

Após a saída da matriz, o tubo pré-formado entra no sistema de calibração e refrigeração, onde toma forma, atendendo às especificações e normas técnicas.

Tração:

Um puxador traciona o tubo até a saída acabada do cortador, mantendo o fluxo contínuo. Os tubos são cortados em 3 m ou 6 m, de acordo com solicitação do cliente.


Acabamento: 

Na máquina de acabamento é feito o chanfro, colocação de anel de junta de borracha, bolsa (onde um tubo acopla no outro), amarração em feixes e armazenamento em carrinhos. Nessa fase é feita a inspeção final de qualidade.


Armazenagem:

Após a aprovação, os produtos são armazenados no centro de distribuição até serem transportados para os pontos de vendas.



Reciclagem


Devido à facilidade de transformações, a termoplasticidade e a fácil reciclagem do PVC, o que acarreta na sua imensa variedade de aplicações, ele pode ser recuperado de três formas: reciclagem mecânica, reciclagem química e reciclagem energética.
1) Reciclagem mecânica: é o sistema mais utilizado atualmente. Após a separação mecânica, os produtos a serem reciclados são moídos, lavados e tratados para eliminação de impurezas, são então reprocessados utilizando-se diversas técnicas (granulado ou em pó) e reutilizado na produção de eletrodutos, pisos, solados, partes para sapatos, bancos, entre outros.
2) Reciclagem química: é a volta à matéria-prima, onde os resíduos são submetidos a processos químicos sob temperatura e pressão de forma a decompô-los em gases e em óleos, ou seja, em produtos mais elementares. Este jeito de reciclar, que já é feito industrialmente, torna possível resolver um dos únicos obstáculos para a reciclagem dos Compostos de PVC: a separação do PVC e seus aditivos dos outros materiais.
3) Reciclagem energética: é realizada por meio da queima controlada dos resíduos, sob condições tecnicamente avançadas. A incineração de PVC gera a emissão de ácido clorídrico, já que o plástico em questão contêm cloro em sua composição. Assim, é necessário o tratamento dos gases resultantes e seu mais efetivo controle, para a recuperação da energia contida no material.

Os produtos de PVC possuem um longo ciclo de vida útil, pois seus produtos são mais fabricados para abastecer a construção, que necessita de produtos de longa duração, o que termina por ampliar o tempo necessário para que se tornem resíduos. Dos produtos de PVC, 64% têm vida útil entre 15 e 100 anos. Outros 24% de 2 a 15 anos em 24% e apenas 12% são considerados descartáveis com durabilidade até 2 anos.














Referência Bibliográfica


O que é PVC. Disponível em<http://airopvc.com.br/o-que-e-pvc.html>. Acessado em 7 de out. de 2014.

A fabricação do PVC. Disponível em< http://www.institutodopvc.org/publico/?a=conteudo&canal_id=39&subcanal_id=40>. Acessado em 8 de out. de 2014.

Materiais e Ferramentas. Disponível em<http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/32/como-se-faz-tubos-de-pvc-192062-1.aspx>. Acessado em 7 de out. de 2014.

Como o PVC é produzido. Disponível em<http://www.pvc.com.br/site/sites_braskem/pt/projetando_pvc/conheca_pvc/conheca_pvc_5973.aspx>. Acessado em 13 de out. de 2014.

Como reciclar PVC. Disponível em<http://www.reciclagemlixo.com/pvc/como-reciclar-pvc.html>. Acessado em 13 de out. de 2014.


Reciclagem de PVC. Disponível em<http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-plastico/reciclagem-de-pvc#.VDxT4PldVBY>. Acessado em 13 de out. de 2014.












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