Fonte
da imagem:
http://grandesambientes.blogspot.com.br/2013/01/reaproveitando-materiais-e-recriando.html
O Cloreto de Polivinila ou Policloreto de Vinila ou, como é
conhecido popularmente, PVC é o único material plástico não 100%
originário do petróleo. Ele contém 57% de cloro, derivado do
cloreto de sódio, o famoso sal de cozinha, e 43% de eteno, derivado
do petróleo ou do gás natural, em peso. Por meio de uma reação
química entre o cloro e o eteno obtém-se o MVC (monômero de
cloreto de vinila). O MVC é submetido à outra reação química
chamada de polimerização e produz uma molécula gigante –
polímero – denominada PVC. Após isso, a resina de PVC (que é
inodora e tem um aspecto físico de pó branco), necessita ser
misturada a aditivos, como estabilizadores térmicos, modificadores
de impacto, cargas, lubrificantes, entre outros, para assim compor o
que é chamado de compostos de PVC. Devido
à polaridade de sua molécula (por ser composto tanto de cloreto de
sódio quanto de petróleo) ele é extremamente versátil, por isso
resulta na sua boa compatibilidade com uma série de aditivos. Vale
ressaltar que, as misturas são feitas na quantidade e no tipo
correto de aditivos para que o composto de PVC atenda a determinados
requisitos de desempenho que o fabricante queira e que elas (as
misturas) conferem características específicas tais como rigidez ou
flexibilidade, transparência ou opacidade, superfície brilhante ou
fosca, resistência à luz e às intempéries, cor, propriedades
elétricas e etc.
Fonte da imagem: http://airopvc.com.br/o-que-e-pvc.html
Moldados por variados processos de transformação, os compostos
de PVC dão origem aos componentes de PVC utilizados na construção
civil como tubos, conexões, portas, janelas, forros, entre outros,
e, uma vez que a resina PVC é totalmente atóxica (não é tóxica)
e inerte, a escolha de aditivos permite a fabricação de filmes,
lacres e laminados para embalagens, brinquedos e acessórios
médico-hospitalares, tais como mangueiras para sorologia e
catéteres.
Davidson e Witenhafer (1980), Portingell (1982), Titow (1984),
Witenhafer (1986) e Summers (1997) são unânimes quando
referem que a versatilidade do PVC reside em dois pontos
principais:
- A morfologia das partículas das resinas de PVC, responsável pela estrutura de sub-partículas entremeadas por poros, os quais são receptivos aos aditivos incorporados durante o processamento, permitindo a perfeita interação entre estes e o polímero;
- A necessidade de incorporação de aditivos para o adequado processamento do PVC implica o desenvolvimento de uma nova formulação de composto para cada produto a ser moldado, com características específicas de desempenho, propriedades e processabilidade.
Fabricação dos tubos de PVC
Preparo e armazenagem:
A resina de PVC, assim como os componentes como
estabilizante, carbonato de cálcio e pigmentos são misturados no
silo a 120°C. Depois, o composto é resfriado em temperatura de 60°.
Extrusão:
O
composto entra em um cilindro com uma rosca interna, que faz seu
transporte até a saída pela matriz da extrusora, com o diâmetro
determinado. A temperatura pode chegar a 200°C.
Calibração e refrigeração:
Após a saída da matriz, o tubo pré-formado
entra no sistema de calibração e refrigeração, onde toma forma,
atendendo às especificações e normas técnicas.
Tração:
Um
puxador traciona o tubo até a saída acabada do cortador, mantendo o
fluxo contínuo. Os tubos são cortados em 3 m ou 6 m, de acordo com
solicitação do cliente.
Acabamento:
Na
máquina de acabamento é feito o chanfro, colocação de anel de
junta de borracha, bolsa (onde um tubo acopla no outro), amarração
em feixes e armazenamento em carrinhos. Nessa fase é feita a
inspeção final de qualidade.
Armazenagem:
Após
a aprovação, os produtos são armazenados no centro de distribuição
até serem transportados para os pontos de vendas.
Reciclagem
Devido à facilidade
de transformações, a termoplasticidade e a fácil reciclagem do
PVC, o que acarreta na sua imensa variedade de aplicações, ele pode
ser recuperado de três formas: reciclagem mecânica, reciclagem
química e reciclagem energética.
1) Reciclagem
mecânica: é o sistema mais utilizado atualmente. Após a separação
mecânica, os produtos a serem reciclados são moídos, lavados e
tratados para eliminação de impurezas, são então reprocessados
utilizando-se diversas técnicas (granulado ou em pó) e reutilizado
na produção de eletrodutos, pisos, solados, partes para sapatos,
bancos, entre outros.
2)
Reciclagem química: é a volta à matéria-prima, onde os resíduos
são submetidos a processos químicos sob temperatura e pressão de
forma a decompô-los em gases e em óleos, ou seja, em produtos mais
elementares. Este jeito de reciclar, que já é feito
industrialmente, torna possível resolver um dos únicos obstáculos
para a reciclagem dos Compostos de PVC: a separação do PVC e seus
aditivos dos outros materiais.
3) Reciclagem
energética: é realizada por meio da queima controlada dos resíduos,
sob condições tecnicamente avançadas. A incineração de PVC gera
a emissão de ácido clorídrico, já que o plástico em questão
contêm cloro em sua composição. Assim, é necessário o tratamento
dos gases resultantes e seu mais efetivo controle, para a recuperação
da energia contida no material.
Os produtos de PVC
possuem um longo ciclo de vida útil, pois seus produtos são mais
fabricados para abastecer a construção, que necessita de produtos
de longa duração, o que termina por ampliar o tempo necessário
para que se tornem resíduos. Dos produtos de PVC, 64% têm vida útil
entre 15 e 100 anos. Outros 24% de 2 a 15 anos em 24% e apenas 12%
são considerados descartáveis com durabilidade até 2 anos.
Referência Bibliográfica
O que é Composto
de PVC? Disponível
em<http://www.solvaysites.com/sites/solvayplastics/EN/Solvay%20Plastics%20Literature/Leaflet_O_que_sao_Compostos_de_PVC_PT.pdf>.
Acessado em 7 de out. de 2014.
O que é PVC.
Disponível em<http://airopvc.com.br/o-que-e-pvc.html>.
Acessado em 7 de out. de 2014.
A fabricação do
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http://www.institutodopvc.org/publico/?a=conteudo&canal_id=39&subcanal_id=40>.
Acessado em 8 de out. de 2014.
Materiais e
Ferramentas. Disponível
em<http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/32/como-se-faz-tubos-de-pvc-192062-1.aspx>.
Acessado em 7 de out. de 2014.
Como o PVC é
produzido. Disponível
em<http://www.pvc.com.br/site/sites_braskem/pt/projetando_pvc/conheca_pvc/conheca_pvc_5973.aspx>.
Acessado em 13 de out. de 2014.
Como reciclar
PVC. Disponível
em<http://www.reciclagemlixo.com/pvc/como-reciclar-pvc.html>.
Acessado em 13 de out. de 2014.
Reciclagem de
PVC. Disponível
em<http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-plastico/reciclagem-de-pvc#.VDxT4PldVBY>.
Acessado em 13 de out. de 2014.
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