As
embalagens longa vida ou cartonadas surgiram como uma necessidade de
conservação dos alimentos em períodos de crise de abastecimento,
mais especificamente, nos anos 40, devido à Segunda Guerra Mundial,
onde a Europa sofreu com a
falta de
fornecimento de leite. O empresário sueco Ruben Rausing desenvolveu
um tipo de embalagem que junta papel e plástico em formato de
pirâmide (tetraédrica), com o objetivo de minimizar os problemas já
mencionados. Esse foi o início das embalagens longa vida, que
passaram a serem comercializadas na Suécia, em 1952, e chegou ao
Brasil em 1957.
Possuem
como vantagem, além da conservação do alimento, a economia de
energia, pois não precisa ficar em refrigeração nem para
transporte nem para o armazenamento, ocupa pouco espaço, o que
influência
na questão da logística de venda e transporte (minimiza o consumo
de combustível, um recurso fóssil não renovável, e reduz a
emissão de CO2).
Essas
embalagens são constituídas por várias camadas: papel, que
representa 75% da embalagem, alumínio, 5%, e polietileno, 20%. O
papel cartão oferece suporte e resistência para a embalagem, e é
onde recebe a impressão dos rótulos. O alumínio é utilizado como
uma barreira à entrada de luz e oxigênio, perda de aroma e evita
contaminações. E o polietileno protege contra a umidade externa,
oferece aderência entre as camadas e impede o contato do alimento
com o alumínio. O polietileno é um termoplástico, ou seja, funde
por aquecimento e solidifica por resfriamento. E pode ser processado
diversas vezes.
Fonte
imagem: http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-longa-vida.htm
Reciclagem
A
embalagem longa vida demora aproximadamente 100 anos para se
decompor, mas é totalmente reciclável.
O
papel é separado em um processador chamado hidrapulper, um
liquidificador gigante. As embalagens são misturadas com água por
cerca de 30min, nesse processador, que promove uma agitação
mecânica e separa as fibras de papel do plástico e do alumínio.
As
fibras de papel são encaminhadas para indústrias recicladoras para
fabricação de papelão, papel cartão, embalagens para ovos,
palmilha, entre outras.
Os
resíduos de plástico e alumínio podem ser prensados para formação
de chapas e telhas. As telhas produzidas com as embalagens
pós-consumo são inquebráveis, 50% mais leves que as telhas comuns,
não propagam chamas, possuem melhor capacidade de isolar o calor, e
também reduzem custos com o madeiramento de telhados.
O
alumínio pode ser separado do plástico por um processo chamado de
plasma, que possibilita a transformação de alumino em folhas de
alumínio, e o plástico em parafina utilizado em indústrias
químicas. O alumínio pode, também, ser reaproveitado por
indústrias de refratários.
Além
disso, é possível obter energia com o reaproveitamento desse
material (plástico/alumínio) como combustível para geração de
vapor. Uma tonelada pode produzir o que é equivalente à queima de 5
metros cúbicos de lenha ou 500 quilos de combustível de óleo.
Para
as embalagens longa vida pós-consumo destinadas a coleta seletiva, é
importante lavá-las, para evitar odores, e amassá-las para diminuir
o volume do material que deve ser encaminhado para o caminhão da
Coleta Seletiva, ou para os contêineres que acondicionam papel.
Referências
Bibliográficas
NASCIMESTO,
Renata Mara de Moura; VIANA, Marina Miranda Marques; SILVA, Glaura
Goulart; BRASILEIRO, Lilian Borges. Embalagem
Cartonada Longa Vida: Lixo ou Luxo?
Disponível em:
<http://qnint.sbq.org.br/qni/visualizarTema.php?idTema=44>.
Acessado em: 08 de out. de 2014.
MONTEIRO,
Celso. Como funciona a
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Disponível em:
<http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-longa-vida.htm>.
Acessado em 08 de out. de 2014.
Embalagem
longa vida. Disponível
em:
<http://www.eupensomeioambiente.com.br/produtos-sustentaveis/embalagem-longa-vida/>.
Acessado em 08 de out. de 2014.
Tempo
de Decomposição dos Materiais.
Disponível em:
<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/tempo_de_decomposicao_do_materiais.html>.
Acessado em 08 de out. de 2014.
Desperdício
Zero. Disponível em:
<http://www.planetareciclavel.com.br/desperdicio_zero/kit_res_11_embalagem_longavida.pdf>.
Acessado em 08 de out. de 2014.
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